Thiago Novaes
2017-02-20 04:58:06 UTC
Prezadxs,
(desculpem pelo broadcasting)
Escrevo para compartilhar que nesta segunda-feira, dia 20/02/2017, das 9h
às 10h da manhã, realizaremos um debate ao vivo na Rádio Roquete Pinto, em
94,1 MHz no Rio de Janeiro, com áudio disponÃvel em:
http://www.fm94.rj.gov.br/
Os convidados são o Prof. Fernando Salis, da UFRJ (responsável pela
implantação da Rádio UFRJ FM), Alan LÃvio, do Lab. TeleMÃdia da PUC-Rio
(pesquisador do GINGA, middleware que permite a interatividade tanto na TV
quanto no Rádio) e Thiago Novaes, da ABRADIG (Associação Brasileira do
Rádio Digital).
Abaixo um texto de referência sobre o tema.
Vamos debater publicamente o Rádio Digital!
abraços,
Thiago Novaes
*Rádio Digital no Brasil*
*Assim como a televisão digital vem avançando, o rádio também será digital
no Brasil.*
A digitalização do rádio traz muitas novidades. Primeiro, representa a
oportunidade de *melhor aproveitamento do uso do espectro* de
radiofrequências, pois o sinal digital é comprimido, podendo *ampliar a
cobertura com menor gasto de energia*. Com isso, a interferência deixa de
ser um obstáculo para ocupação de canais vizinhos, ampliando enormemente a
possibilidade de haverem mais emissoras no espectro.
Com o digital, cada emissora pode se valer da *multiprogramação*, onde um
mesmo transmissor pode enviar mais de um programa, o que pode ser
especialmente útil para emissoras públicas e comunitárias. *Novos serviços,
uma qualidade de áudio superior e a possibilidade de transmissão de dados
adicionais* configuram finalmente esse novo ambiente digital como uma nova
oportunidade de negócio para as emissoras, revitalizando o rádio enquanto
uma plataforma de mÃdia convergente ainda a ser descoberta.
No caso brasileiro, uma outra caracterÃstica chama a atenção: *a
interatividade*. Assim como na TV Digital, que conta com a presença do
middleware GINGA que permite a interatividade na TV - e foi desenvolvido no
Brasil pelo Laboratório TeleMidia da PUC RJ sob a liderança do prof. Luis
Fernando Soares (*in memorian) -, *o rádio também pode ser interativo e
utilizar o GINGA. Uma das utilidades do GINGA é permitir que os dados,
incluindo a transmissão de vÃdeos, cheguem aos recepetores por diferentes
meios, tornando o rádio uma plataforma convergente com a internet, por
exemplo. Mas, diferentemente da Internet, a circulação do conteúdo digital
do rádio continuaria aberta e gratuita, valendo-se do espectro público para
se propagar.
Os estudos para um sistema de rádio digital brasileiro já se prolongam há
mais de dez anos. Em março de 2007, foi criado o Conselho Consultivo do
Rádio Digital com o objetivo de auxiliar na avaliação e planejamento da
implantação do Rádio Digital no paÃs sendo intergrado por 19 conselheiros,
7 representantes de órgãos/entidades públicos, 2 parlamentares, 7 entidades
representativas do setor de radiodifusão; e 3 do setor industrial. A
sociedade civil e a academia ficaram de fora da representação junto ao
Conselho.
Em 2010, foi instituÃdo o Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), por
meio da Portaria nº 290 e em 13 de junho de 2011 foi aberta uma chamada
para sistemas de rádio digital se candidatarem a testes no Brasil, quando
dois sistemas se apresentaram: o DRM e o HD Radio. Em parceria com
emissoras executantes dos diferentes serviços de radiodifusão, o MCTIC tem
realizado testes técnicos para verificar o desempenho dos diferentes
modelos existentes. Esses testes são fundamentais para garantir o caráter e
alcance universal do rádio tal como existe hoje e também a segurança para
as emissoras.
Testes
Atualmente, dois padrões de rádio digital estão sendo considerados para
servir como base técnica para o SBRD: O DRM e o HD Radio.
CaracterÃsticas dos padrões DRM e HDRadio
O DRM (Digital Radio Mondiale), em português, Rádio Digital Mundial, é um
padrão de rádio digital desenvolvido por um consórcio global de nome DRM,
com sede na SuÃça e representações em vários paÃses.
à um padrão aberto, sendo o único padrão de rádio digital reconhecido pela
UIT (União Internacional de Telecomunicações) que pode funcionar em todas
as bandas de radiodifusão sonora terrestre: Ondas Médias, Ondas Tropicais,
Ondas Curtas e o VHF (faixa das rádios FM).
Apresenta-se como um padrão de última geração, que começou a ser pensado em
1999 e, hoje em dia, está sendo testado em várias partes do mundo,
inclusive no Brasil e já em fase de implementação na Rússia e Ãndia. O DRM
foi criado com o objetivo de ser um padrão mundial e aberto, não de um paÃs
ou continente especÃfico.
O HD Radio é o padrão utilizado nos Estados Unidos e desenvolvido por uma
empresa chamada Ibiquity. Esse padrão não tem modo de operação para
transmitir na faixa de Ondas Curtas e possui segredos industriais em sua
norma. Além dos Estados Unidos, apenas o México adotou este padrão.
Economia
A indústria nacional já incorporou todos os aspectos tecnológicos da TV
Digital. Hoje em dia, empresas brasileiras (como a Linear) vendem mais
transmissores do que a japonesa NEC em território brasileiro. Não há razão
para que a implantação do SBDR com DRM, por exemplo, não siga o mesmo
caminho da TV Digital. Por ser um padrão aberto, o DRM permite que possamos
desenvolvê-lo totalmente em território nacional. Além disso, existem
implementações da demodulação, decodificação e codificação do sinal DRM em
software livre.
Possibilidades que a indústria nacional pode incorporar:
- Fabricação de chipset para recepção DRM (inclusos AM e FM);
- Fabricação de receptores móveis, portáteis e automotivos;
- Integração do receptor em aparelhos celular, tablet e GPS;
- Fabricação de moduladores, Content Servers e transmissores;
- Fabricação de equipamentos de análises e medições.
Já na área de serviços, as possibilidades são infinitas, semelhantes à s
possibilidades apresentadas pela TV Digital. Dentre elas, podemos citar o
desenvolvimento de aplicativos e tecnologias em educação, cultura, serviços
de interesse público, publicidade e produção de conteúdo em geral, podendo
ser desenvolvidos tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada,
centros de pesquisa, universidades, e organizações da sociedade civil.
O Ginga, conforme já dissemos, poderia ser também adotado como o padrão de
interatividade para o Rádio Digital necessitando apenas de pequenas
adaptações.
Com a adoção do DRM e a participação da indústria nacional neste processo,
abrem-se as portas para mercados internacionais, notadamente na América do
Sul e demais paÃses que adotarem o padrão DRM, como Ãfrica e Ãsia. Apenas o
Brasil já contribuirá com mais de 10 mil emissoras de rádio para
digitalização global. Sem dúvida alguma o rádio é o meio de comunicação
mais presente no cotidiano da população.
Tecnologia
O DRM usa o estado da arte em transmissão digital, sendo reconhecido pela
UIT, fazendo o uso de tecnologias estabelecidas como o codec de áudio AAC -
o mesmo já utilizado no padrão de TV digital brasileira. Esse fato permite
a interoperabilidade entre os sistemas de tv e rádio digitais.
Proposto como padrão mundial, o DRM é o único padrão de rádio digital que
transmite em Ondas Curtas e Ondas Tropicais, caracterÃstica que possibilita
o fornecimento de serviços com boa qualidade para áreas vastas, como faz a
Rádio Nacional da AmazÃŽnia, com cobertura em todo o norte do paÃs, por
exemplo.
O DRM possibilita a otimização do espectro de forma a permitir que mais
emissoras possam transmitir simultaneamente. O DRM, assim como o HDRadio,
permite a multiprogramação e a transmissão de dados digitais de qualquer
natureza.
Para a faixa de Ondas Médias (AM), o DRM permite sua revitalização através
da melhoria da qualidade do áudio e da agregação de serviços. Para faixa do
VHF (FM), permite todas as qualidades de um amplo sistema de rádio digital
como áudio estéreo, surround 5.1, multiprogramação, já citados
anteriormente. Somente o DRM tem incluso em seu sistema a possibilidade de
se fazer transmissão de vÃdeo em baixa resolução.
A faixa dos canais de TV VHF (após o apagão da TV analógica em 2016) também
poderá ser utilizada para o rádio digital de forma que novos tipos de
radiodifusão possam ter espaço para emergir.
O DRM está homologado pela UIT para ser utilizado como um sistema mundial
de rádio digital terrestre para qualquer frequência entre 0 e 174 Mhz.
Portanto, o DRM já está pronto e é o único sistema digital permitido para
ser utilizado nas possÃveis novas faixas de rádio, como a já sugerida faixa
estendida do VHF, o "eFM" (76 a 88 Mhz).
No Brasil, uma empresa de nome TellHD S/A seria a detentora dos direitos do
HD Radio no Brasil. Atualmente, essa empresa aparentemente desapareceu
(Vide http://tellhd.com.br/), e seu antigo diretor executivo, Alexandre
Romano, foi preso pela Operação Lava Jato.
*Resumo*
http://www.drm-brasil.org/pt-br/content/argumentos-pela-
ado%C3%A7%C3%A3o-do-padr%C3%A3o-drm-para-o-r%C3%A1dio-digital-no-brasil
1. O Rádio Digital Mundial (Digital Radio Mondiale) opera com qualidade
tanto nas bandas do AM (Ondas Médias e Ondas Curtas) quanto na faixa do FM,
satisfazendo a exigência do MiniCom (Portaria 290).
2. O Rádio Digital Mundial é extremamente flexÃvel, possibilitando à s
emissoras adaptarem a robustez do sinal de acordo com a área de cobertura
desejada. Sua capacidade de operar na faixa de Ondas Curtas permite um
alcance continental potencializando a integração regional (América Latina e
Caribe) e intercontinental (Sul Global).
3. O Rádio Digital Mundial não representa apenas a atualização tecnológica
do rádio, mas se configura como uma nova plataforma multimÃdia que pode ser
incluÃda em diversos dispositivos eletrÃŽnicos como telefones celulares,
tablets e GPS, permitindo novos serviços comerciais a já conhecida
radiodifusão.
4. Com o Rádio Digital Mundial, o Estado brasileiro potencializa sua
comunicação e serviços, ampliando o alcance das emissoras públicas,
comunitárias e educativas, algo que nenhum dos outros padrões permite.
5. O Rádio Digital Mundial é um padrão global reconhecido pela ITU (agência
da ONU para tecnologias de informação e comunicação), desenvolvido e gerido
por um consórcio internacional aberto. Já o outro padrão considerado para
adoção pelo Brasil, o HD Rádio, é propriedade de uma empresa estadunidense,
a Ibiquity. Este sistema, além dos royalties envolvidos, contém segredos
industriais como o codec de áudio, que é uma "caixa preta".
6. O padrão técnico Digital Radio Mondiale é aberto. Considerando que já
existe desenvolvimento em software livre para sua implementação, permite
que universidades, centros de pesquisa e empresas possam facilmente inserir
novas funcionalidades ao sistema.
Acreditamos, portanto, que o DRM é a melhor opção para o desenvolvimento do
Sistema Brasileiro de Rádio de Digital - SBRD.
(desculpem pelo broadcasting)
Escrevo para compartilhar que nesta segunda-feira, dia 20/02/2017, das 9h
às 10h da manhã, realizaremos um debate ao vivo na Rádio Roquete Pinto, em
94,1 MHz no Rio de Janeiro, com áudio disponÃvel em:
http://www.fm94.rj.gov.br/
Os convidados são o Prof. Fernando Salis, da UFRJ (responsável pela
implantação da Rádio UFRJ FM), Alan LÃvio, do Lab. TeleMÃdia da PUC-Rio
(pesquisador do GINGA, middleware que permite a interatividade tanto na TV
quanto no Rádio) e Thiago Novaes, da ABRADIG (Associação Brasileira do
Rádio Digital).
Abaixo um texto de referência sobre o tema.
Vamos debater publicamente o Rádio Digital!
abraços,
Thiago Novaes
*Rádio Digital no Brasil*
*Assim como a televisão digital vem avançando, o rádio também será digital
no Brasil.*
A digitalização do rádio traz muitas novidades. Primeiro, representa a
oportunidade de *melhor aproveitamento do uso do espectro* de
radiofrequências, pois o sinal digital é comprimido, podendo *ampliar a
cobertura com menor gasto de energia*. Com isso, a interferência deixa de
ser um obstáculo para ocupação de canais vizinhos, ampliando enormemente a
possibilidade de haverem mais emissoras no espectro.
Com o digital, cada emissora pode se valer da *multiprogramação*, onde um
mesmo transmissor pode enviar mais de um programa, o que pode ser
especialmente útil para emissoras públicas e comunitárias. *Novos serviços,
uma qualidade de áudio superior e a possibilidade de transmissão de dados
adicionais* configuram finalmente esse novo ambiente digital como uma nova
oportunidade de negócio para as emissoras, revitalizando o rádio enquanto
uma plataforma de mÃdia convergente ainda a ser descoberta.
No caso brasileiro, uma outra caracterÃstica chama a atenção: *a
interatividade*. Assim como na TV Digital, que conta com a presença do
middleware GINGA que permite a interatividade na TV - e foi desenvolvido no
Brasil pelo Laboratório TeleMidia da PUC RJ sob a liderança do prof. Luis
Fernando Soares (*in memorian) -, *o rádio também pode ser interativo e
utilizar o GINGA. Uma das utilidades do GINGA é permitir que os dados,
incluindo a transmissão de vÃdeos, cheguem aos recepetores por diferentes
meios, tornando o rádio uma plataforma convergente com a internet, por
exemplo. Mas, diferentemente da Internet, a circulação do conteúdo digital
do rádio continuaria aberta e gratuita, valendo-se do espectro público para
se propagar.
Os estudos para um sistema de rádio digital brasileiro já se prolongam há
mais de dez anos. Em março de 2007, foi criado o Conselho Consultivo do
Rádio Digital com o objetivo de auxiliar na avaliação e planejamento da
implantação do Rádio Digital no paÃs sendo intergrado por 19 conselheiros,
7 representantes de órgãos/entidades públicos, 2 parlamentares, 7 entidades
representativas do setor de radiodifusão; e 3 do setor industrial. A
sociedade civil e a academia ficaram de fora da representação junto ao
Conselho.
Em 2010, foi instituÃdo o Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), por
meio da Portaria nº 290 e em 13 de junho de 2011 foi aberta uma chamada
para sistemas de rádio digital se candidatarem a testes no Brasil, quando
dois sistemas se apresentaram: o DRM e o HD Radio. Em parceria com
emissoras executantes dos diferentes serviços de radiodifusão, o MCTIC tem
realizado testes técnicos para verificar o desempenho dos diferentes
modelos existentes. Esses testes são fundamentais para garantir o caráter e
alcance universal do rádio tal como existe hoje e também a segurança para
as emissoras.
Testes
Atualmente, dois padrões de rádio digital estão sendo considerados para
servir como base técnica para o SBRD: O DRM e o HD Radio.
CaracterÃsticas dos padrões DRM e HDRadio
O DRM (Digital Radio Mondiale), em português, Rádio Digital Mundial, é um
padrão de rádio digital desenvolvido por um consórcio global de nome DRM,
com sede na SuÃça e representações em vários paÃses.
à um padrão aberto, sendo o único padrão de rádio digital reconhecido pela
UIT (União Internacional de Telecomunicações) que pode funcionar em todas
as bandas de radiodifusão sonora terrestre: Ondas Médias, Ondas Tropicais,
Ondas Curtas e o VHF (faixa das rádios FM).
Apresenta-se como um padrão de última geração, que começou a ser pensado em
1999 e, hoje em dia, está sendo testado em várias partes do mundo,
inclusive no Brasil e já em fase de implementação na Rússia e Ãndia. O DRM
foi criado com o objetivo de ser um padrão mundial e aberto, não de um paÃs
ou continente especÃfico.
O HD Radio é o padrão utilizado nos Estados Unidos e desenvolvido por uma
empresa chamada Ibiquity. Esse padrão não tem modo de operação para
transmitir na faixa de Ondas Curtas e possui segredos industriais em sua
norma. Além dos Estados Unidos, apenas o México adotou este padrão.
Economia
A indústria nacional já incorporou todos os aspectos tecnológicos da TV
Digital. Hoje em dia, empresas brasileiras (como a Linear) vendem mais
transmissores do que a japonesa NEC em território brasileiro. Não há razão
para que a implantação do SBDR com DRM, por exemplo, não siga o mesmo
caminho da TV Digital. Por ser um padrão aberto, o DRM permite que possamos
desenvolvê-lo totalmente em território nacional. Além disso, existem
implementações da demodulação, decodificação e codificação do sinal DRM em
software livre.
Possibilidades que a indústria nacional pode incorporar:
- Fabricação de chipset para recepção DRM (inclusos AM e FM);
- Fabricação de receptores móveis, portáteis e automotivos;
- Integração do receptor em aparelhos celular, tablet e GPS;
- Fabricação de moduladores, Content Servers e transmissores;
- Fabricação de equipamentos de análises e medições.
Já na área de serviços, as possibilidades são infinitas, semelhantes à s
possibilidades apresentadas pela TV Digital. Dentre elas, podemos citar o
desenvolvimento de aplicativos e tecnologias em educação, cultura, serviços
de interesse público, publicidade e produção de conteúdo em geral, podendo
ser desenvolvidos tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada,
centros de pesquisa, universidades, e organizações da sociedade civil.
O Ginga, conforme já dissemos, poderia ser também adotado como o padrão de
interatividade para o Rádio Digital necessitando apenas de pequenas
adaptações.
Com a adoção do DRM e a participação da indústria nacional neste processo,
abrem-se as portas para mercados internacionais, notadamente na América do
Sul e demais paÃses que adotarem o padrão DRM, como Ãfrica e Ãsia. Apenas o
Brasil já contribuirá com mais de 10 mil emissoras de rádio para
digitalização global. Sem dúvida alguma o rádio é o meio de comunicação
mais presente no cotidiano da população.
Tecnologia
O DRM usa o estado da arte em transmissão digital, sendo reconhecido pela
UIT, fazendo o uso de tecnologias estabelecidas como o codec de áudio AAC -
o mesmo já utilizado no padrão de TV digital brasileira. Esse fato permite
a interoperabilidade entre os sistemas de tv e rádio digitais.
Proposto como padrão mundial, o DRM é o único padrão de rádio digital que
transmite em Ondas Curtas e Ondas Tropicais, caracterÃstica que possibilita
o fornecimento de serviços com boa qualidade para áreas vastas, como faz a
Rádio Nacional da AmazÃŽnia, com cobertura em todo o norte do paÃs, por
exemplo.
O DRM possibilita a otimização do espectro de forma a permitir que mais
emissoras possam transmitir simultaneamente. O DRM, assim como o HDRadio,
permite a multiprogramação e a transmissão de dados digitais de qualquer
natureza.
Para a faixa de Ondas Médias (AM), o DRM permite sua revitalização através
da melhoria da qualidade do áudio e da agregação de serviços. Para faixa do
VHF (FM), permite todas as qualidades de um amplo sistema de rádio digital
como áudio estéreo, surround 5.1, multiprogramação, já citados
anteriormente. Somente o DRM tem incluso em seu sistema a possibilidade de
se fazer transmissão de vÃdeo em baixa resolução.
A faixa dos canais de TV VHF (após o apagão da TV analógica em 2016) também
poderá ser utilizada para o rádio digital de forma que novos tipos de
radiodifusão possam ter espaço para emergir.
O DRM está homologado pela UIT para ser utilizado como um sistema mundial
de rádio digital terrestre para qualquer frequência entre 0 e 174 Mhz.
Portanto, o DRM já está pronto e é o único sistema digital permitido para
ser utilizado nas possÃveis novas faixas de rádio, como a já sugerida faixa
estendida do VHF, o "eFM" (76 a 88 Mhz).
No Brasil, uma empresa de nome TellHD S/A seria a detentora dos direitos do
HD Radio no Brasil. Atualmente, essa empresa aparentemente desapareceu
(Vide http://tellhd.com.br/), e seu antigo diretor executivo, Alexandre
Romano, foi preso pela Operação Lava Jato.
*Resumo*
http://www.drm-brasil.org/pt-br/content/argumentos-pela-
ado%C3%A7%C3%A3o-do-padr%C3%A3o-drm-para-o-r%C3%A1dio-digital-no-brasil
1. O Rádio Digital Mundial (Digital Radio Mondiale) opera com qualidade
tanto nas bandas do AM (Ondas Médias e Ondas Curtas) quanto na faixa do FM,
satisfazendo a exigência do MiniCom (Portaria 290).
2. O Rádio Digital Mundial é extremamente flexÃvel, possibilitando à s
emissoras adaptarem a robustez do sinal de acordo com a área de cobertura
desejada. Sua capacidade de operar na faixa de Ondas Curtas permite um
alcance continental potencializando a integração regional (América Latina e
Caribe) e intercontinental (Sul Global).
3. O Rádio Digital Mundial não representa apenas a atualização tecnológica
do rádio, mas se configura como uma nova plataforma multimÃdia que pode ser
incluÃda em diversos dispositivos eletrÃŽnicos como telefones celulares,
tablets e GPS, permitindo novos serviços comerciais a já conhecida
radiodifusão.
4. Com o Rádio Digital Mundial, o Estado brasileiro potencializa sua
comunicação e serviços, ampliando o alcance das emissoras públicas,
comunitárias e educativas, algo que nenhum dos outros padrões permite.
5. O Rádio Digital Mundial é um padrão global reconhecido pela ITU (agência
da ONU para tecnologias de informação e comunicação), desenvolvido e gerido
por um consórcio internacional aberto. Já o outro padrão considerado para
adoção pelo Brasil, o HD Rádio, é propriedade de uma empresa estadunidense,
a Ibiquity. Este sistema, além dos royalties envolvidos, contém segredos
industriais como o codec de áudio, que é uma "caixa preta".
6. O padrão técnico Digital Radio Mondiale é aberto. Considerando que já
existe desenvolvimento em software livre para sua implementação, permite
que universidades, centros de pesquisa e empresas possam facilmente inserir
novas funcionalidades ao sistema.
Acreditamos, portanto, que o DRM é a melhor opção para o desenvolvimento do
Sistema Brasileiro de Rádio de Digital - SBRD.